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Tendências na arquitetura e design de interiores pós pandemia

  • Foto do escritor: DW Studio
    DW Studio
  • 15 de ago. de 2020
  • 3 min de leitura

A partir de um questionamento sobre o que seria morar bem neste período de e no pós-pandemia, parei pra refletir um pouco além, pois já estava atenta a várias tendências na arquitetura, urbanismo e interiores. Mas afinal,  o que era morar bem até o início de 2020? E o que mudou a partir deste momento único em nossa história?

Quero falar aqui de vários aspectos, pensando em arquitetura e interiores residencial; alguns acredito que já eram tendência ou mesmo conceitos consolidados do morar bem. Outros devem ganhar mais importância a partir deste momento peculiar. Uma coisa acho certa: estamos dando mais atenção a nossos espaços, estamos refletindo mais sobre como e onde vivemos, sobre o que e como consumimos e como nos relacionamos com as pessoas e o mundo ao nosso redor.

Um momento de maior reflexão, pensamento crítico e busca urgente de novas soluções irá trazer mudanças, sem dúvidas. Que sejam pra melhor!


  1. Ter espaço. Isso atualmente é quase um luxo, mas acredito que todo mundo está hoje mais voltado e atento a seus lares e percebeu como este aspecto é importante, para que seja possível desenvolver mais atividades em casa, como cozinhar, trabalhar em casa(mesmo que eventualmente), estudar online, reunir amigos e familiares e ter momentos de lazer. Os espaços reduzidos fizeram sentido em um momento em que estávamos mais voltados pra vida na rua: trabalhar, comer, encontrar as pessoas, comprar. Ou estávamos voltados pra vida na rua porque nossos espaços ficaram tão reduzidos?? Talvez nem haja uma só resposta, isto tem muito a ver com o estilo de vida dos moradores.

  2. Localização. Para alguns, a facilidade de fazer mais coisas online pode significar a possibilidade de morar mais afastado dos centros sem tanta necessidade de deslocamentos. Para outros, reforçou a importância de estar em locais mais centrais com bastante oferta de serviços, comércio, clientes e espaços abertos por perto. Acho que estamos dando mais importância a este fator, procurando achar o que faz mais sentido pra nossa realidade, já que agora as possibilidades de circular e se deslocar mais ou menos se ampliaram.

  3. Versatilidade e flexibilidade dos espaços, para acompanhar nossas mudanças ao longo do tempo, e em diferentes momentos e ocasiões do nosso dia-a-dia. Um espaço adequado para trabalhar, mesmo que eventualmente, mas que possa servir pra estender o espaço de estar se recebemos amigos; uma mesa que pode servir como escrivaninha em alguns momentos, mesa de jogos em outros, apoio para lanches, etc.; um maior limite aos espaços totalmente integrados, com diferentes tipos de divisão, fixa ou móvel, que possam garantir privacidade, pelo menos temporariamente.

  4. Materiais que tenham boa durabilidade, conforto, praticidade, funcionalidade e sustentabilidade. Valorização de iniciativas que priorizem cuidado com o ambiente e pessoas em toda sua cadeia produtiva e facilidade de uso e manutenção, além de texturas e formas orgânicas e que tragam aconchego.

  5. Refletir nossa identidade, nossos gostos, nossos afetos, nossos valores, independente de tendências, modismos ou de seguir padrões. Ambientes onde podemos colocar nosso toque pessoal através de objetos, obras de arte, livros, cheiros...

  6. Busca maior pelo contato com a natureza e o ar livre, valorizando apartamentos com sacadas ou gardens, com janelas próximas de áreas verdes ou com floreiras, espaço para hortas caseiras ou para abrigar nossas urban jungles. Imóveis com boa ventilação e iluminação naturais trazem sensações mais agradáveis, e mais do que nunca são desejados.

  7. Maior interesse na organização de espaços e pertences, praticando mais o desapego e valorizando mais o que realmente consideramos importante ter e usar.

  8. O hall de entrada deve receber mais atenção também, para se tornar um espaço de transição entre a casa e o exterior, fazendo com que adotemos hábitos que já são comuns em outros lugares, como tirar os sapatos e higienizar as mãos antes mesmo de entrar em casa.

  9. Aumento do uso de eletrodomésticos inteligentes e do tipo robô, para auxiliar nas tarefas domésticas. Esta revolução parece estar só começando!

  10. Espaços apropriados e armários inteligentes nos edifícios, portarias e entradas de casas para receber encomendas (inclusive refrigeradas), atendendo a um grande aumento nas compras online e por aplicativos de entregas.

  11. Valorização do afetivo e intangível - deixar nossas casas com aquele jeito de lar, com nossa cara, com mais conforto, para que nos sintamos ainda mais em um refúgio frente a tempos desafiadores.


Acho estas tendências e conceitos super positivos, e me parece que com isso podemos usar a tecnologia a nosso favor, sem deixar de valorizar aspectos humanos e afetivos, tão importantes pra se viver bem. Adoraria ouvir o que acham do assunto!




 
 
 

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